Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 35
Filtrar
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e11862023, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534194

RESUMO

Abstract The incidence of premature birth has increased worldwide, unequally distributed by race/ethnicity. Racism generates economic inequalities, educational disparities, and differential access to health care, which increases the risk of preterm birth. Thus, this study aimed to evaluate the factors associated with preterm birth and racial and ethnic disparities in premature birth among pregnant women attending prenatal care at the Brazilian Unified Health System health units in the urban area of Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brazil. This study used data from 938 pregnant women aged between 18 to 45 years within the NISAMI prospective cohort. Premature birth prevalence was 11.8%, with a higher prevalence among black than non-black women (12.9% versus 6.0%, respectively). Maternal age between 18 and 24 years was the only factor associated with premature birth. A higher risk of premature birth was found among black women than non-black women (RR 3.22; 95%CI 1.42-7.32). These results reveal the existence of racial and social inequalities in the occurrence of premature birth.


Resumo A incidência de parto prematuro tem aumentado em todo o mundo, distribuída de forma desigual por raça/etnia. O racismo gera desigualdades econômicas, disparidades educacionais e acesso diferenciado à saúde, o que aumenta o risco de parto prematuro. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os fatores associados à prematuridade e disparidades raciais e étnicas no parto prematuro entre gestantes atendidas durante o pré-natal em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde na zona urbana de Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil. Este estudo utilizou dados de 938 mulheres grávidas com idade entre 18 e 45 anos dentro da coorte prospectiva do NISAMI. A prevalência de prematuridade foi de 11,8%, sendo maior entre as negras do que entre as não negras (12,9% versus 6,0%, respectivamente). A idade materna entre 18 e 24 anos foi o único fator associado ao parto prematuro. Foi encontrado maior risco de prematuridade entre as mulheres negras do que entre as não negras (RR 3,22; IC95% 1,42-7,32). Esses resultados revelam a existência de desigualdades raciais e sociais na ocorrência do parto prematuro.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(4): e00101721, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374808

RESUMO

Trata-se de estudo descritivo que teve como objetivo discutir as repercussões da mudança na metodologia de coleta da variável cor/raça no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) sobre as taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo cor/raça no Brasil. Foram analisadas as variações anuais nas frequências de nascidos vivos e óbitos infantis por cor/raça entre 2009 e 2017. As TMI por cor/raça foram estimadas segundo três estratégias: (1) método direto; (2) fixando-se, em todos os anos, as proporções de nascidos vivos por cor/raça observadas em 2009; e (3) fixando-se, em todos os anos, as proporções de óbitos por cor/raça observadas em 2009. As estratégias visaram explorar o efeito isolado das variações nas proporções de nascidos vivos ou de óbitos por cor/raça sobre as estimativas de TMI antes e após a mudança da variável cor/raça no SINASC. De 2011 para 2012 (ano de mudança da variável cor/raça no SINASC), verificou-se súbito incremento das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) de cor/raça preta, parda e indígena, acompanhado de redução de DNV de cor/raça branca, sem variações correspondentes nos óbitos. O incremento do denominador da TMI das categorias de cor/raça socialmente mais vulnerabilizadas resultou na atenuação das TMI de pretos e indígenas, no incremento da TMI de brancos e, consequentemente, na redução artificial das iniquidades na mortalidade infantil por cor/raça. A mudança da variável cor/raça no SINASC interrompeu a série histórica de nascidos vivos por cor/raça, afetando os indicadores que potencialmente dependem desses dados para seu cálculo, como a TMI. Argumenta-se que as TMI por cor/raça antes e após a mudança no SINASC são indicadores distintos e não comparáveis.


This descriptive study aimed to discuss the repercussions of the change in the methodology for recording the color/race variable in the Brazilian Information System on Live Births (SINASC) on infant mortality rates (IMR) according to color/race in Brazil. Annual variations were analyzed in the rates of live births and infant deaths according to color/race from 2009 to 2017. The IMR according to color/race were estimated using three strategies: (1) direct method; (2) for every year, setting the same proportions of live births by color/race as observed in 2009; and (3) for every year, setting the same proportions of deaths by color/race as observed in 2009. The strategies aimed to explore the single effect of the variations in the proportions of live births or of deaths according to color/race on the estimated IMR before and after the change in the color/race variable in the SINASC database. Between 2011 and 2012 (the year of the change in the color/race variable in SINASC), there was a sudden increase in birthdates with black, brown, and indigenous color/race, along with a reduction in birthdates with white color/race, without no corresponding variations in deaths. The increase of more socially vulnerable color/race categories in the IMR denominator resulted in the attenuation of IMR for black and indigenous infants and in an increase in the IMR for white infants and consequently an artificial reduction in iniquities in infant mortality according to color/race. The change in the color/race variable in SINASC interrupted the historical series of live births by color/race, affecting indicators that potentially depend on these data for their calculation, in this case the IMR. The resulting argument is that infant mortality rates by color/race before versus after the change in the SINASC database are distinct and noncomparable indicators.


Estudio descriptivo que tuvo como objetivo discutir las repercusiones del cambio en la metodología de recogida de la variable color/raza en el Sistema de Información sobre Nacidos Vivos (SINASC) sobre las tasas de mortalidad infantil (TMI), según color/raza en Brasil. Se analizaron las variaciones anuales en las frecuencias de nacidos vivos y óbitos infantiles por color/raza entre 2009 y 2017. Las TMI por color/raza se estimaron según tres estrategias: (1) método directo; (2) fijándose, en todos los años, las proporciones de nacidos vivos por color/raza observadas en 2009; y (3) fijándose, en todos los años, las proporciones de óbitos por color/raza observadas en 2009. Las estrategias tuvieron como objetivo explorar el efecto aislado de las variaciones en las proporciones de nacidos vivos o de óbitos por color/raza sobre las estimaciones de TMI antes y tras el cambio de la variable color/raza en el SINASC. De 2011 a 2012 (año de cambio de la variable color/raza en el SINASC), se verificó un súbito incremento de las Declaraciones de Nacidos Vivos (DNV) de color/raza negra, mestiza e indígena, acompañado de una reducción de DNV de color/raza blanca, sin variaciones correspondientes en los óbitos. El incremento del denominador de la TMI de las categorías de color/raza socialmente más vulnerabilizadas resultó en la atenuación de las TMI de negros e indígenas y en el incremento de la TMI de blancos y, consecuentemente, en la reducción artificial de las inequidades en la mortalidad infantil por color/raza. El cambio de la variable color/raza en el SINASC interrumpió la serie histórica de nacidos vivos por color/raza, afectando los indicadores que potencialmente dependen de esos datos para su cálculo, como la TMI. Se argumenta que las TMI por color/raza antes y después del cambio en el SINASC son indicadores distintos y no comparables.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Lactente , Sistemas de Informação em Saúde , Brasil/epidemiologia , Sistemas de Informação , Etnicidade , Mortalidade Infantil , Nascido Vivo/epidemiologia
3.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 34(3): 319-323, May-June 2021. graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1250104

RESUMO

Abstract COVID-19, caused by the coronavirus family SARS-CoV-2 and declared a pandemic in March 2020, continues to spread. Its enormous and unprecedented impact on our society has evidenced the huge social inequity of our modern society, in which the most vulnerable individuals have been pushed into even worse socioeconomic situations, struggling to survive. As the pandemic continues, we witness the huge suffering of the most marginalized populations around the globe, even in developed, high-income latitudes, such as North America and Europe. That is even worse in low-income regions, such as Brazil, where the public healthcare infrastructure had already been struggling before the pandemic. Cities with even more evident social inequity have been impacted the most, leaving the most socioeconomically disadvantaged ones, such as slum residents and black people, continuously inflating the statistics of COVID-19 sufferers. Poverty, marginalization, and inequity have been well-known risk factors for morbidity and mortality from other diseases. However, COVID-19 has deepened our society's wound. It is up to us to heal it up. If we really care for the others and want to survive as a species, we must fight social inequity.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Determinantes Sociais da Saúde , COVID-19/epidemiologia , Vulnerabilidade Social , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Risco , Marginalização Social , COVID-19/etnologia , COVID-19/mortalidade
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(7): e00060220, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1285853

RESUMO

Resumo: Os quilombolas constituem parte das minorias étnico-raciais do país que apresentam iniquidades em saúde, reflexo de um processo histórico de grandes desvantagens socioeconômicas. O objetivo foi avaliar o estado nutricional e fatores associados ao déficit estatural em crianças quilombolas menores de cinco anos residentes em comunidades quilombolas tituladas na Região Nordeste do Brasil. Utilizaram-se dados secundários provenientes da Pesquisa de Avaliação da Situação de Segurança Alimentar e Nutricional em Comunidades Quilombolas Tituladas (2011). Os desfechos de interesse foram o déficit estatural (estatura-para-idade < -2z), excesso de peso (peso-para-estatura > 2z) e o déficit ponderal (peso-para-idade < -2z). Foi empregado o teste qui-quadrado para avaliar a significância das diferenças entre as prevalências. A análise multivariada considerou um modelo conceitual hierárquico sobre o déficit estatural. As prevalências de excesso de peso e déficit ponderal foram 2,8% e 6,1%, respectivamente. O déficit estatural foi diagnosticado em 14,1% da amostra. O modelo hierárquico de déficit estatural evidenciou maiores prevalências do agravo entre crianças que não tinham acesso à atenção básica (RP = 1,63; IC95%: 1,11; 2,41), à água tratada (RP = 2,09; IC95%: 1,42; 3,08) e que nasceram com baixo peso (RP = 2,19; IC95%: 1,33; 3,61). A elevada prevalência de déficit estatural mostra que a população quilombola no Nordeste apresenta condições de saúde desfavoráveis, sendo reflexo da falta de acesso à atenção básica e das precárias condições de saneamento.


Abstract: Quilombolas, or members of maroon communities in Brazil, are part of the country's ethnic/racial minorities exposed to health inequities, reflecting a historical process of harsh socioeconomic disadvantages. The study aimed to assess nutritional status and factors associated with stunting in quilombola children under five years of age living in land-deeded quilombola communities in Northeast Brazil. The study used secondary data from the Survey on Food and Nutritional Security in Land-Deeded Quilombola Communities (2011). The target outcomes were stunting (height-for-age < -2z), excess weight (weight-for-height > 2z), and underweight (weight-for-age < -2z). Chi-square test was used to assess the significance of differences between prevalence rates. Multivariate analysis used a hierarchical conceptual model on stunting. Prevalence rates for excess weight and underweight were 2.8% and 6,1%, respectively. Stunting was diagnosed in 14.1% of the sample. The hierarchical model for stunting evidenced higher prevalence rates among children without access to primary healthcare (PR = 1.63; 95%CI: 1.11; 2.41) and safe water (PR = 2.09; 95%CI: 1.42; 3.08) and those with a history of low birthweight (PR = 2.19; 95%CI: 1.33; 3.61). The high prevalence of stunting showed that the quilombola' population in the Northeast experiences unfavorable health condition, reflecting lack of access to primary healthcare and precarious sanitation.


Resumen: Los quilombolas constituyen parte de las minorías étnico-raciales del país que presentan inequidades en salud, reflejo de un proceso histórico que implicó grandes desigualdades socioeconómicas. El objetivo del trabajo fue evaluar el estado nutricional y los factores asociados con el déficit de estatura en niños quilombolas, menores de 5 años, residentes en comunidades quilombolas, ubicadas en la Región Nordeste del Brasil. Se utilizaron datos secundarios provenientes de la Pesquisa de Avaliação da Situação de Segurança Alimentar e Nutricional em Comunidades Quilombolas Tituladas (2011). Los resultados de interés fueron: déficit de estatura (estatura-para-edad < -2z), exceso de peso (peso-para-estatura > 2z) y insuficiencia ponderal (peso-para-edad < -2z). Se empleó la prueba chi-cuadrado para evaluar la significancia de las diferencias entre las prevalencias. El análisis multivariado consideró un modelo conceptual jerárquico sobre la insuficiencia de estatura. Las prevalencias de exceso de peso y déficit ponderal fueron 2,8%, 6,1%, respectivamente. El déficit de estatura fue diagnosticado en un 14,1% de la muestra. El modelo jerárquico de déficit de estatura evidenció mayores prevalencias de enfermedades entre niños que no tenían acceso a la atención básica (RP = 1,63; IC95%: 1,11; 2,41), al agua tratada (RP = 2,09; IC95%: 1,42; 3,08) y que nacieron con bajo peso (RP = 2,19; IC95%: 1,33; 3,61). La elevada prevalencia de déficit de estatura muestra que la población quilombola en el Nordeste presenta condiciones de salud desfavorables, siendo reflejo de la falta de acceso a la atención básica en salud y de las precarias condiciones de saneamiento.


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Estado Nutricional , Transtornos do Crescimento/etiologia , Transtornos do Crescimento/epidemiologia , Magreza , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais
5.
Saúde Soc ; 30(3): e200813, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1290094

RESUMO

Resumo Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre raça/cor da pele e estadiamento clínico em mulheres com câncer de mama em um hospital de referência para tratamento oncológico do Sistema Único de Saúde. Trata-se de estudo seccional com 863 mulheres de 18 anos de idade ou mais, com câncer de mama incidente e estadiamento clínico até IIIC, matriculadas em um hospital de referência no Rio de Janeiro e entrevistadas entre novembro de 2016 e outubro de 2018. Foram coletadas variáveis sociodemográficas, de hábitos de vida e clínicas. Utilizou-se o escore de propensão com a técnica de ponderação para balancear os grupos de comparação quanto aos potenciais confundidores. A associação entre raça/cor da pele e estadiamento clínico foi analisada por meio das equações de estimação generalizada após balanceamento. O nível de significância de 5% foi adotado em todas as análises. Observou-se que 35,9% das mulheres se declararam brancas; 21,3%, pretas; e 42,8%, pardas. Mulheres de cor da pele preta apresentaram 63% mais chance de ter estadiamento II e III quando comparadas com as brancas (OR=1,63; IC95% 1,01-2,65). Conclui-se que mulheres pretas são diagnosticadas com tumores mais avançados quando comparadas com mulheres brancas.


Abstract This study sought to analyze the association between race/skin color and clinical staging in women with breast cancer at a referral hospital for cancer treatment of the Brazilian National Health System. This is a cross-sectional study of 863 women aged 18 or more, with incident breast cancer and clinical staging up to IIIC enrolled at a cancer referral hospital in Rio de Janeiro, Brazil, and interviewed between November 2016 and October 2018. Sociodemographic, lifestyle and clinical variables were evaluated. We used the propensity score with the weighting technique to balance comparison groups for potential confounders. The association between race/skin color and clinical staging was analyzed using generalized estimation equations after balancing. A significance level of 5% was adopted in all analyzes. We observed that 35.9% of women declared themselves white; 21.3%, black; and 42.8%, brown. Black women were 63% more likely to have stage II and III when compared to white women (OR=1.63; 95% CI 1.01-2.65). In conclusion, black women are diagnosed with more advanced tumors when compared to white women.


Assuntos
Humanos , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Neoplasias da Mama , Pontuação de Propensão , Estadiamento de Neoplasias
6.
Epidemiol. serv. saúde ; 29(2): e2018428, 2020. tab
Artigo em Inglês, Português | SES-SP, ColecionaSUS, LILACS | ID: biblio-1133810

RESUMO

Objetivo: estimar a prevalência de extrações dentárias autorrelatadas e analisar os fatores associados em comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudo transversal, com 864 quilombolas; a associação entre autorrelato de extrações dentárias (sem experiência de extração; ≤5 dentes extraídos; >5 dentes extraídos) e possíveis fatores associados foi estimada por meio da regressão logística multinomial, considerando-se 95% de intervalo de confiança (IC95%). Resultados: extrações dentárias foram autorrelatadas por 82,0% dos quilombolas, sendo 49,8% com ≤5 e 32,2% com >5 dentes extraídos; ser do sexo masculino (OR ajustada = 1,7 - IC95% 1,1;2,7), encontrar-se empregado sem carteira assinada (OR ajustada = 2,7 - IC95% 1,3;5,7), ter idade ≥60 anos (OR ajustada = 5,2 - IC95% 1,9;14,1) e ter tido cárie dentária (OR ajustada = 4,1 - IC95% 2,5;6,7) associaram-se a maiores chances de ter extraído dentes. Conclusão: extrações dentárias estão associadas a condições de vulnerabilidade social vivenciadas pelos quilombolas do Semiárido baiano.


Objetivo: estimar la prevalencia de extracciones dentales auto-relatadas y analizar los factores asociados en las comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudio transversal, con 864 quilombolas; la asociación entre auto-relato de extracciones dentales (sin experiencia de extracción, ≤5 dientes extraídos y >5 dientes extraídos) y los posibles factores asociados fue estimada a través de la regresión logística multinomial considerando el 95% de intervalo de confianza (IC95%). Resultados: extracciones dentales fueron auto-relatadas por el 82,0%, siendo 49,8% con ≤5 y 32,2% con >5 dientes extraídos; sexo masculino (Odds Ratio ajustado = 1,7 - IC95%1,1;2,7), trabajadores sin estar en planilla (OR ajustado = 2,7 - IC95%1,3;5,7), con edad ≥60 (OR ajustado = 5,2 - IC95%1,9;14,1) y que mencionaron haber tenido caries dentales (OR ajustado = 4,1 - IC95%2,5;6,7), se asociaron a más probabilidades de haber extraído los dientes. Conclusión: extracciones dentales parecen estar asociadas a condiciones de vulnerabilidades sociales vividas por los quilombolas del Semiárido bahiano.


Objective: to estimate the prevalence of self-reported tooth extractions and analyze associated factors in quilombola communities in Feira de Santana, Bahia, Brazil. Methods: this was a cross-sectional study, with 864 quilombolas; association between self-reported tooth extractions (no experience of extraction; ≤5 extracted teeth; >5 extracted teeth), and possible associated factors was estimated using multinomial logistic regression, with a 95% confidence interval (95%CI). Results: tooth extractions were self-reported by 82.0% of quilombolas, 49.8% of whom had ≤5 teeth extracted and 32.2% of whom had >5 teeth extracted; greater likelihood of tooth extraction was associated with being male (adjusted OR = 1.7 - 95%CI1.1;2.7), working as an unregistered worker (adjusted OR = 2.7 - 95%CI1.3;5.7), being ≥60 years old (adjusted OR = 5.2 - 95%CI1.9;14.1) and reporting having dental caries (adjusted OR = 4.1 - 95%CI2.5;6.7). Conclusion: tooth extractions are associated with social vulnerability conditions experienced by the quilombolas of the semi-arid region of Bahia state.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Extração Dentária/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , População Negra/etnologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Saúde da População Rural/estatística & dados numéricos , Diagnóstico Bucal , Fatores Raciais
7.
Epidemiol. serv. saúde ; 28(1): e2018047, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1001961

RESUMO

Objetivo: analisar a sobrevida de pessoas com aids e sua associação com escolaridade e raça/cor da pele. Métodos: coorte de diagnosticados entre 1998 e 1999, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com análise de sobrevida (método de Kaplan--Meier), estratificada por escolaridade e raça/cor da pele; a análise multivariada foi realizada mediante regressão de Cox. Resultados: foram incluídas 2.091 pessoas com sobrevida em 60 meses, a percentuais de 65% entre brancos e 62% entre pretos/pardos; o uso irregular de antirretrovirais (HR=11,2 - IC95%8,8;14,2) e a idade ≥60 anos (HR=2,5 - IC95%1,4;4,4) foram relacionados com menor sobrevida; escolaridade >8 anos (HR=0,4 - IC95%0,3;0,6) e sexo feminino (HR=0,6 - IC95%0,5;0,8) relacionaram-se positivamente com sobrevida; os menos escolarizados tiveram sobrevida menor. Conclusão: menor escolaridade sobrepôs-se às diferenças de raça/cor da pele, quando relacionada à sobrevida; tais desigualdades explicaram as diferenças observadas, mesmo com políticas de acesso universal aos antirretrovirais.


Objetivo: analizar la sobrevida de personas con sida y su asociación con escolaridad y raza/color de la piel. Métodos: cohorte de diagnosticados entre 1998 y 1999, en las regiones Sur y Sudeste de Brasil, con análisis de supervivencia (Kaplan-Meier), estratificados por educación y raza/color de la piel; el análisis multivariante se realizó con regresión de Cox. Resultados: fueron incluidas 2.091 personas con sobrevida de 60 meses, a porcentuales de 65% entre blancos y 62% entre negros/pardos; el uso irregular de antirretrovirales (HR=11,2 - IC95%8,8;14,2) y la edad ≥60 años (HR=2,5 - IC95%1,4;4,4) se relacionaron con una menor sobrevida; escolaridad >8 años (HR=0,4 - IC95%0,3;0,6) y sexo femenino (HR=0,6 - IC95%0,5;0,8) se relacionaron positivamente con sobrevida; los menos escolarizados tuvieron sobrevida menor. Conclusión: menor escolaridad se superpuso a las diferencias de raza/color de la piel referida, cuando relacionada a la supervivencia; tales desigualdades explicaron las diferencias observadas, aún con políticas de acceso universal a antirretrovirales.


Objective: to analyze the survival of people with AIDS and association with schooling and race/skin color. Methods: this was a retrospective cohort study of people diagnosed with AIDS between 1998 and 1999, in the South and Southeast regions of Brazil. We used survival analysis (Kaplan-Meier method), stratified by schooling and race/skin color and multivariate analysis was performed using Cox regression. Results: the study included 2,091 people who had survived at 60 months, with 65% survival among White participants and 62% among Black/brown participants. Irregular use of antiretroviral (HR=11.2 - 95%CI8.8;14.2), and age ≥60 years (HR=2.5 - 95%CI1.4;4.4) were related to lower survival; schooling >8 years (HR=0.4 - 95%CI0.3;0.6) and being female (HR=0.6 - 95%CI0.5;0.8) were positively related to survival; those with less schooling had lower survival. Conclusion: lower schooling levels overlap race/skin color differences in relation to survival; these inequalities explain the differences found, despite the policies on universal access to antiretroviral.


Assuntos
Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Infecções por HIV/mortalidade , Infecções por HIV/epidemiologia , Análise de Sobrevida , Estudos Retrospectivos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/mortalidade , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00006119, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019646

RESUMO

Resumo: As investigações sobre os sistemas de classificação racial no Brasil evidenciam as influências de aspectos socioeconômicos na expressão das categorias de cor/raça, com destaque para brancos e negros. O objetivo deste trabalho foi analisar arranjos específicos formados entre pais, mães e filhos em que, pelo menos, um deles era indígena. Com base na amostra do Censo Demográfico de 2010, foram selecionados domicílios com pelo menos três moradores (pai, mãe e filhos), sendo, pelo menos, um indígena. Os filhos foram caracterizados segundo cor/raça (branca, parda e indígena), sexo, idade, renda domiciliar per capita, escolaridade das mães e número de moradores nos domicílios urbanos e rurais. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística multinomial. Estimou-se um total de 290.247 filhos (77,1% indígenas, 13,8% pardos e 9,1% brancos), dos quais 74,3% residiam em domicílios rurais e 41,3% na Região Norte; filhos brancos e pardos estavam localizados majoritariamente em áreas urbanas. As chances de os filhos de pais ou mães indígenas terem sido classificados como brancos foram mais expressivas nas regiões Sudeste e Sul. Os filhos apresentaram maiores chances de serem classificados como brancos e pardos com o aumento do rendimento mensal e da escolaridade materna. Os achados demonstram como a posição socioeconômica está associada de forma significativa com os processos de classificação de cor/raça no Brasil, também nos segmentos indígenas da população.


Abstract: Studies on racial classification systems in Brazil reveal the influence of socioeconomic factors in the expression of color/race categories, especially for whites and blacks. The aim of this study was to analyze specific family arrangements between fathers, mothers, and children, at least one of whom was indigenous. Based on the sample from the 2010 Population Census, we selected households with at least three residents (father, mother, and children), at least one of whom was indigenous. Children were characterized according to color/race (white, brown, and indigenous), sex, age, per capita household income, maternal schooling, and number of urban and rural household residents. Descriptive and multinomial logistic regression analyses were performed. We estimated a total of 290.247 children (of whom 77.1% were classified as indigenous, 13.8% brown, and 9.1% white), 74.3% living in rural households and 41.3% in the North region of Brazil; children classified as white and brown were located mostly in urban areas. The odds of children of indigenous fathers or mothers being classified as white were higher in the Southeast and South. The odds of children being classified as white or brown increased proportionally with monthly income and maternal schooling. The findings show that socioeconomic status is significantly associated with color/race classification in Brazil, including in indigenous households.


Resumen: Las investigaciones sobre los sistemas de clasificación racial en Brasil evidencian las influencias de aspectos socioeconómicos en la expresión de las categorías de color/raza, destacando blancos y negros. El objetivo de este trabajo fue analizar núcleos específicos familiares formados por padres, madres e hijos donde, por lo menos, uno de ellos era indígena. A partir de la muestra del Censo Demográfico 2010, se seleccionaron domicilios con por lo menos tres residentes (padre, madre e hijos), siendo, por lo menos, uno indígena. Todos ellos fueron caracterizados según color/raza (blanca, mestiza e indígena), sexo, edad, renta domiciliaria per cápita, escolaridad de las madres y número de residentes en los domicilios urbanos y rurales. Se realizaron análisis descriptivos y una regresión logística multinomial. Se estimó un total de 290.247 hijos (77,1% indígenas, 13,8% mestizos y 9,1% blancos), de los cuales un 74,3% residían en domicilios rurales y 41,3% en la región norte; los hijos blancos y mestizos estaban localizados mayoritariamente en áreas urbanas. Las oportunidades de que los hijos de padres o madres indígenas hayan sido clasificados como blancos fueron más expresivas en las regiones del sudeste y sur. Los hijos presentaron mayores oportunidades de ser clasificados como blancos y mestizos con el aumento de la renta mensual, así como de la escolaridad materna. Los hallazgos demuestran como la posición socioeconómica se asocia de forma significativa con los procesos de clasificación de color/raza en Brasil, también en los segmentos indígenas de la población.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características da Família/etnologia , Censos , População Rural/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil , Pigmentação da Pele , Escolaridade , Pai/classificação , Pai/estatística & dados numéricos , Fatores Raciais/classificação , Fatores Raciais/estatística & dados numéricos , Mães/estatística & dados numéricos
9.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 13(40): 1-13, jan.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-969406

RESUMO

Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional das condições de saúde da população negra no município de Florianópolis (SC). Métodos: Trata-se de estudo do tipo levantamento, descritivo. Os dados dos sistemas de informação em saúde foram consultados nas bases disponíveis (prontuários eletrônicos municipais, dados censitários e TABNET DATASUS estadual e nacional), com análise da variável raça/cor, no período de 2010 a 2016. Resultados: Os resultados revelam, na população negra, piores condições de escolaridade e renda, maior proporção de mães adolescentes, menor número de consultas pré-natal, maiores proporções de casos de sífilis em gestantes e tuberculose e menor cobertura de plano privado de saúde. Os pacientes negros frequentaram proporcionalmente mais os Centros de Atenção Psicossocial, em comparação aos atendimentos nos Centros de Saúde. Dentre as três primeiras causas de óbitos que encurtam a vida, AIDS e homicídios aparecem todos os anos dentre a população negra, não aparecendo na população branca. Causas perinatais também aparecem apenas dentre negros. Em 2016, suicídio tornou-se a terceira causa de óbito que encurta a vida na população parda. Conclusão: As piores condições de saúde na população negra podem refletir as piores condições socioeconômicas dessa população, bem como o racismo institucional e o mito da democracia racial brasileira


Objective: To achieve a situational diagnosis of the health conditions of the black population in the city of Florianopolis (SC). Methods: It is a survey-type research, descriptive. Data from the health information systems were consulted in the available databases (municipal electronic records, census data and state and national TABNET DATASUS), analyzing the race/color variable, from 2010 to 2016. Results: The results reveal, among black population, worst schooling and income conditions, higher proportion of adolescent mothers, lower number of prenatal consultations, higher proportions of cases of syphilis in pregnant women and tuberculosis, and lower coverage of private health plans. Black patients attended the Psychosocial Care Centers proportionally more than in the Health Centers. Among the three leading causes of life-shortening deaths, AIDS and homicides appear every year among the black population, not appearing in the white population. Perinatal causes also appear only among black people. In 2016, suicide became the third leading cause of death that shortens life in the brown population. Conclusion: The worst health conditions in the black population may reflect also the worst socioeconomic conditions of this population and the institutional racism and the myth of Brazilian racial democracy.


Objetivo: Se pretende realizar un diagnóstico situacional de las condiciones de salud de la población negra en el municipio de Florianópolis (SC). Métodos: Se trata de estudio del tipo compilación, descriptivo. Los datos de los sistemas de información en salud fueron consultados en las bases disponibles (prontuarios electrónicos municipales, datos censales y TABNET DATASUS estadual y nacional), analizando la variable raza/color, en el período de 2010 a 2016. Resultados: Los resultados revelan, en la población negra, peores condiciones de escolaridad y renta, mayor proporción de madres adolescentes, menor número de consultas prenatales, mayores proporciones de casos de sífilis en gestantes y tuberculosis y menor cobertura de plan privado de salud. Los pacientes negros frecuentan proporcionalmente más los Centros de Atención Psicosocial, en comparación a los atendimientos en los Centros de Salud. Entre las tres primeras causas de muertes que acortan la vida, la SIDA y los homicidios aparecen todos los años entre la población negra, no apareciendo en la población blanca. Causas perinatales también aparecen sólo entre negros. En 2016, el suicidio se convirtió en la tercera causa de muerte que acorta la vida en la población parda. Conclusión: Las peores condiciones de salud en la población negra pueden reflejar las peores condiciones socioeconómicas de esa población, bien como el racismo institucional y el mito de la democracia racial brasileña.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Estratégias de Saúde Nacionais , Capacitação de Recursos Humanos em Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Política de Saúde , Pessoal de Saúde , Capacitação Profissional
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(9): 2963-2978, set. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952757

RESUMO

Resumo Este estudo avaliou os hábitos de higiene bucal e sua associação com fatores socioculturais, ambientais e relacionados à utilização de serviços odontológicos entre adolescentes rurais quilombolas e não quilombolas do interior da Bahia. Foi um estudo transversal realizado em 2015. Estimaram-se prevalências e razões de prevalências para os desfechos e foi conduzida análise múltipla por regressão de Poisson com variância robusta. Foram entrevistados 390 adolescentes, 42,8% quilombolas. Escovação dentária insatisfatória e não uso do fio dental foram encontrados em 33,3% e 46,7% dos adolescentes, respectivamente. Mostraram aumentar a escovação dentária insatisfatória: sexo masculino (RP = 1,45), não morar com ambos os pais (RP = 1,45), menor hábito de lavar as mãos (RP = 1,72) e pior autoavaliação da saúde bucal (RP = 1,38). Com o não uso de fio dental, mostraram-se associados: nível econômico E (RP = 1,54), maior idade (RP = 0,91) menor hábito de lavar as mãos (RP = 1,53) e pior autoavaliação da saúde bucal (RP = 1,33). Distintos fatores associados foram observados entre quilombolas e não quilombolas. Ressalta-se a necessidade de se considerar as especificidades das populações para a promoção da saúde bucal dos adolescentes e a importância da intersetorialidade entre educação e saúde e a atenção às famílias.


Abstract This study evaluated oral hygiene habits and their association with sociocultural, environmental factors and factors related to the use of dental services among Quilombola and non-Quilombola rural adolescents from inland Bahia. Thiswas a cross-sectional study conducted in 2015. Prevalence and prevalence ratios were estimated for the outcomes and multiple Poisson regression analysis with robust variance was performed. We interviewed 390 adolescents, of which 42.8% were Quilombola. Poor tooth brushing and non-flossing were found in 33.3% and 46.7% of adolescents, respectively. Poor tooth brushing was increased by male gender (PR = 1.45), not living with both parents (PR = 1.45), lower hand hygiene habit (PR = 1.72) and worse oral health self-assessment (PR = 1.38). Non-flossing was associated with economic level E (PR = 1.54), older age (PR = 0.91), lower hand hygiene habit (PR = 1.53) and worse oral health self-assessment (PR = 1.33). Different associated factors were observed between Quilombola and non-Quilombola. It is necessary to consider the specificities of the populations for the promotion of adolescent oral health and the importance of the intersectoriality between education and health and care to families.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Higiene Bucal/normas , População Rural/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Autoavaliação (Psicologia) , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Distribuição de Poisson , Fatores Sexuais , Saúde Bucal/etnologia , Estudos Transversais , Fatores Etários , Higiene das Mãos/normas
11.
Epidemiol. serv. saúde ; 27(4): e2018022, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-975199

RESUMO

Objetivo: analisar a evolução da realização de ao menos sete consultas de pré-natal no Brasil, no período 2000-2015, segundo escolaridade da mãe e raça/cor da pele do recém-nascido. Métodos: estudo de série temporal com base no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc); investigaram-se desigualdades relativas e absolutas ajustadas pela idade materna e semana de gestação quando ocorreu o parto. Resultados: analisaram-se aproximadamente 48 milhões de nascimentos; a proporção de realização de sete ou mais consultas de pré-natal aumentou nacionalmente (de 46,0 para 66,9%) e em todos os grupos analisados; a diferença relativa entre os extremos de escolaridade variou de 3,0 para 2,0 e a absoluta de 53,1 para 47,7 pontos percentuais; a razão ajustada entre raça/cor da pele branca e preta era de 1,4 em 2000 e chegou a 1,2 em 2015. Conclusão: a proporção de gestantes com sete ou mais consultas de pré-natal aumentou no Brasil, embora desigualdades ainda tenham sido observadas.


Objetivo: analizar la evolucion de cobertura de siete o más consultas prenatales en mujeres embarazadas en Brasil, en el período 2000-2015 según el nivel de educación y la raza/color de piel del recién nacido. Métodos: estudio de series temporales basado en datos del Sistema de Informaciones sobre Nacidos Vivos (Sinasc); se investigaron las desigualdades relativas y absolutas, ajustadas por edad materna y semana gestacional por ocasión del parto. Resultados: se analizaron aproximadamente 48 millones de nacimientos; la proporción de siete o más consultas aumentó en Brasil (de 46.0% a 66.9%) en todos los grupos analizados; la diferencia relativa entre los extremos del nivel educativo varió de 3.0 a 2.0 y la diferencia absoluta de 53.1 a 47.7 puntos porcentuales; la razón ajustada entre raza/color blanca y negra, de 1,4 en 2000, llegó a 1,2 en 2015. Conclusión: la proporción de gestantes con siete o más consultas prenatales aumentó en Brasil, pero aún se observan desigualdades.


Objective: to analyze evolution as to conducting seven or more prenatal consultations with pregnant women in Brazil, in the period 2000-2015 according to maternal education level and race/skin color of the newborn baby. Methods: this was a time series study based on Live Births Information System (SINASC) data; relative and absolute inequalities were investigated, adjusted for maternal age and gestational week in which childbirth occurred. Results: we analyzed approximately 48 million births; the proportion of seven or more prenatal consultations increased nationally (from 46.0% to 66.9%) in all groups analyzed; the relative difference between the extremes of education level ranged from 3.0 to 2.0, while the absolute difference ranged from 53.1 to 47.7 percentage points; the adjusted ratio between White/Black race/skin color was 1.4 in 2000 and 1.2 in 2015. Conclusion: the proportion of pregnant women having seven or more prenatal consultations has increased in Brazil, although inequalities are still found.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Escolaridade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Fatores Socioeconômicos , Estudos de Séries Temporais
12.
Rev. bras. epidemiol ; 21(supl.2): e180004, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-985264

RESUMO

RESUMO: Introdução: Entender as disparidades raciais no Brasil tem sido algo bastante complexo e pouco investigado em alguns segmentos populacionais, como na população idosa. Objetivo: Objetivou-se apresentar de forma descritiva uma análise comparativa, numa perspectiva racial, do perfil sociodemográfico, das condições de saúde e de uso de serviços de saúde dos idosos da cidade de São Paulo, SP. Métodos: Trata-se de uma análise transversal do Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE). Para o presente trabalho, foram considerados 1.345 idosos da coorte de 2010. Selecionaram-se os dados referentes aos idosos de cor preta, parda e branca. Abordaram-se os dados em três eixos essenciais: sociodemográficos, condições de saúde e uso e acesso a serviços de saúde. A medida epidemiológica de associação escolhida foi a razão de prevalência (RP), para expressar as diferenças entre os grupos. Resultados e conclusão: Os resultados evidenciaram um cenário mais favorável para o envelhecimento dos idosos de cor branca em comparação com aqueles de cor parda ou preta, no tocante aos indicadores sociodemográficos, às condições de saúde ou de uso e ao acesso a serviços de saúde.


ABSTRACT: Introduction: Understanding racial disparities in Brazil has been very complex and poorly investigated in some population segments, such as the elderly individuals. Objective: This study aimed to present descriptively a comparative analysis in a racial perspective of sociodemographic profile, health conditions, and health service use by older people in the city of São Paulo. Methods: This is a cross-sectional analysis of the Health, Welfare and Aging Study (SABE). For this study, 1,345 elderly individuals were considered in the cohort of 2010. Data about the black, brown, and white elders were selected. The data were addressed in three major axes: sociodemographic, health conditions, and health service use. The chosen epidemiological measure of association was the prevalence ratio (PR), as well as the percentage values for expressing differences among the groups. Results and conclusion: The results showed a more favorable scenario for the aging of the white elderly compared to those of brown or black color, considering sociodemographic indicators, health conditions or use and access to health services.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Envelhecimento/etnologia , Disparidades nos Níveis de Saúde , Serviços de Saúde para Idosos/estatística & dados numéricos , Religião , Fatores Socioeconômicos , Brasil/etnologia , Comportamentos Relacionados com a Saúde/etnologia , Avaliação Geriátrica , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Distribuição por Sexo , Distribuição por Idade , População Negra , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(9): e00211717, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952455

RESUMO

Os objetivos foram investigar a associação entre raça/cor e a sobrevivência em 10 anos de mulheres com câncer de mama e o papel do estadiamento como mediador. Coorte hospitalar com 481 mulheres com câncer invasivo de mama, diagnosticadas entre 2003 e 2005. Foram feitas comparações entre mulheres brancas e negras quanto às características sociodemográficas e ao estadiamento, usando o teste qui-quadrado, e à sobrevivência em 10 anos, usando os métodos de Kaplan-Meier e regressão de Cox. Foram estimados para a variável raça/cor efeitos diretos e indiretos, mediados pelo estadiamento, com ajuste para a condição social da área de residência e idade, utilizando o modelo de respostas potenciais (contrafactual) e regressão múltipla de Cox. As mulheres negras residiam em setores censitários de menor renda, eram usuárias do setor público em maior proporção e foram diagnosticadas com estadiamentos mais avançados. A sobrevivência específica em 10 anos foi de 64,3% (IC95%: 60,0; 68,9), com diferença significativa entre brancas (69,5%; IC95%: 64,8; 74,6) e negras (44%; IC95%: 35,2; 55,1). Nos modelos múltiplos, ajustados para renda e idade, as negras tiveram pior prognóstico (HR = 2,09; IC95%: 1,76; 2,51), e a proporção mediada pelo estadiamento foi de 40% (IC95%: 37; 42). Há disparidade racial na sobrevivência do câncer de mama em 10 anos, mediada principalmente pelo estadiamento mais avançado da doença nas mulheres negras. Isso aponta para a necessidade de ampliar a cobertura e a qualidade do programa de rastreamento dessa doença e facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento precoces, com vistas à redução da iniquidade racial.


The study's objectives were to investigate the association between race/color and 10-year survival in women with breast cancer and the role of staging as mediator. This was a hospital cohort with 481 women with invasive breast cancer diagnosed from 2003 to 2005. Comparisons were made between white and black women as to sociodemographic characteristics and staging, using the chi-square test, and 10-year survival, using Kaplan-Meier and Cox regression methods. For the race/color variable, direct and indirect effects were estimated, mediated by staging, with adjustment for the socioeconomic status of the woman's area of residence and age, using the potential responses (counterfactual) model and Cox multiple regression. Black women living in low-income census tracts were more likely to use the public health care system and to be diagnosed at more advanced stages. Breast cancer-specific 10-year survival was 64.3% (95%CI: 60.0; 68.9), with a significant difference between whites (69.5%; 95%CI: 64.8; 74.6) and blacks (44; 95%CI: 35.2%; 55.1). In the multivariate models adjusted for income and age, black women had worse prognosis (HR = 2.09; 95%CI: 1.76; 2.51), and the proportion mediated by staging was 40% (95%CI: 37; 42). There is racial disparity in 10-year breast cancer survival in Brazilian women, mediated mainly by more advanced staging at diagnosis in black women. This highlights the need to expand both the coverage and the quality of breast cancer screening and to facilitate access to early diagnosis and treatment in order to reduce racial inequality.


Los objetivos fueron investigar la asociación entre raza/color y la supervivencia en 10 años de mujeres con cáncer de mama y el papel de la fase de desarrollo como mediador. Se trata de una cohorte hospitalaria de 481 mujeres, con cáncer invasivo de mama, diagnosticadas entre 2003 y 2005. Se realizaron comparaciones entre mujeres blancas y negras, en cuanto a las características sociodemográficas y a la fase del cáncer, usando el test chi-quadrado, y la supervivencia en 10 años, usando los métodos de Kaplan-Meier y regresión de Cox. Se estimaron para la variable raza/color efectos directos e indirectos, mediados por las diferentes fases, con ajuste en la condición social del área de residencia y edad, utilizando el modelo de respuestas potenciales (contrafactual) y regresión múltiple de Cox. Las mujeres negras residían en sectores censitarios de menor renta, eran usuarias del sector público en mayor proporción y fueron diagnosticadas en fases más avanzadas. La supervivencia específica en 10 años fue de un 64,3% (IC95%: 60,0; 68,9), con una diferencia significativa entre blancas (69,5%; IC95%: 64,8%-74,6%) y negras (44%; IC95%: 35,2; 55,1). En los modelos múltiples, ajustados para renta y edad, las negras tuvieron un peor pronóstico (HR = 2,09; IC95%: 1,76-2,51), y la proporción mediada por el estadio fue de un 40% (IC95%: 37; 42). Existe disparidad racial en la supervivencia del cáncer de mama en 10 años, mediada principalmente por el estadio más avanzado de la enfermedad en las mujeres negras. Esto apunta la necesidad de ampliar la cobertura y calidad del programa de rastreo de esa enfermedad y facilitar el acceso al diagnóstico y tratamiento precoces, con vistas a la reducción de la inequidad racial.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Neoplasias da Mama/etnologia , Neoplasias da Mama/mortalidade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Brasil/etnologia , Neoplasias da Mama/patologia , Modelos de Riscos Proporcionais , Taxa de Sobrevida , Estudos de Coortes , Distribuição por Idade , População Negra , População Branca , Estimativa de Kaplan-Meier , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Fatores Raciais , Pessoa de Meia-Idade , Estadiamento de Neoplasias
14.
Biomédica (Bogotá) ; 37(3): 341-352, jul.-set. 2017. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-888475

RESUMO

Resumen Introducción. La contaminación del agua y de los alimentos constituye un riesgo creciente para la salud a nivel mundial. Dicho riesgo varía según las concentraciones y las dosis de los contaminantes y el tiempo de exposición, especialmente por los posibles efectos a largo plazo debidos a la exposición crónica a bajas concentraciones de metales pesados como el plomo, el cadmio y el mercurio. Objetivo. Explorar la relación entre la condición socioeconómica, los patrones de alimentación y la exposición a metales pesados en una población de mujeres de Cali. Materiales y métodos. Participaron 233 mujeres en edad fértil, no embarazadas, residentes en el distrito de Aguablanca, Cali, Colombia. Se recolectó información sociodemográfica, así como sobre las condiciones de la vivienda, la exposición a metales pesados, la frecuencia de consumo de alimentos y las mediciones antropométricas. Para determinar las concentraciones de plomo, cadmio y mercurio, se tomaron muestras de lechuga, repollo y peces (tilapia y 'manteco'). Se hicieron análisis descriptivos y de correspondencias múltiples para establecer los patrones de consumo. Resultados. El pescado se incluía en las tres comidas del día, especialmente en el almuerzo; se encontró cadmio por debajo de los niveles permitidos en tres muestras de 'manteco'. El 11,1 % de quienes consumían pescado una vez o más por semana lo había comprado en un expendio en el cual las muestras fueron positivas para cadmio. Mediante el análisis de correspondencias múltiples, se determinó la presencia de una relación entre el ser de raza negra y el consumo de 'manteco' y tilapia una vez o más por semana. Conclusiones. La población de estudio tuvo acceso a alimentos contaminados con metales pesados. Esto, sumado a las características metabólicas de las mujeres y a sus condiciones socioeconómicas, incrementó su exposición y vulnerabilidad frente a los efectos de la contaminación.


Abstract Introduction: Global increase in food and water pollution is associated with health risk, which depends on the concentration, the dose, and the exposure time. This has raised concerns about the possible long-term effects of chronic exposure to low concentrations of heavy metals, such as lead, cadmium and mercury. Objective: Toexplore the relationship among socioeconomic status, eating patterns, and exposure to heavy metals among a population of women in Cali, Colombia. Materials and methods: A total of 233 non-pregnant women of childbearing age living in the Aguablanca district of Cali, Colombia, were enrolled in the study. We gathered sociodemographic data, as well as information on housing conditions, exposure to heavy metals, frequency of food intake, and anthropometric measurements. Samples of lettuce, cabbage and fish (tilapia and butterfish) were collected to determine lead, cadmium, and mercury concentrations. Descriptive and multiple correspondence analyses were performed to establish eating patterns. Results: Fish was served in each of the three main meals of the day, with a bigger serving at lunch time. Cadmium was found in three samples of butterfish at levels below the acceptable. Of those who ate fish more than once a week, 11.1% bought the product at a cadmium-positive store. The multiple correspondence analysis showed a positive relationship between being black and consuming butterfish and tilapia more than once per week. Conclusions: The findings showed that the studied population had access to heavy metal-contaminated food, which combined with the women's cultural eating patterns, socioeconomic status, and metabolic characteristics led to a greater vulnerability to the effects of heavy metals exposure.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Animais , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Classe Social , Mulheres , Contaminação de Alimentos/análise , Metais Pesados/análise , Exposição Ambiental , Poluentes Ambientais/análise , Comportamento Alimentar , Fatores Socioeconômicos , Brassica/química , Etnicidade , Antropometria , Alimentos Marinhos/análise , Colômbia , Alface/química , Peixes
15.
Saúde Soc ; 26(1): 88-99, jan.-mar. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-962519

RESUMO

Resumo Esse estudo, descritivo com abordagem qualitativa, tem por finalidade compreender as manifestações de discriminação racial e de classe que ocorrem com pessoas que vivenciam a doença falciforme. Participaram do estudo 33 pessoas. O corpus de análise foi composto do registro das narrativas e observações de campo contidas no Diário de Pesquisa. Os resultados mostraram que o preconceito na área da saúde, muitas vezes, se manifesta por meio do racismo institucional. No âmbito socioeconômico, as pessoas que vivenciam o agravo muitas vezes têm poder aquisitivo menor, em parte devido ao próprio racismo, e também devido às limitações que o adoecimento impõe. Evidenciamos que a qualidade de atendimento e infraestrutura dos serviços de saúde está diretamente relacionada à cor e classe social dos usuários. Com este estudo foi possível compreender mais profundamente esse fenômeno social em saúde, permitindo a elaboração de medidas para solucionar esse quadro de violação de direitos humanos. Assim, sugere-se a realização de outros estudos com foco nas implicações sociais da doença falciforme, para aprimorar a qualidade dos serviços de saúde prestados a essa população.


Abstract This study aimed to understand the manifestations of racial and class discrimination that occur with people who experience sickle cell disease. Descriptive study with qualitative approach. The study included 33 people. The analysis corpus consisted of recording the narratives and field observations in the Research Diary. The results showed that the prejudice in health often manifests itself through institutional racism. In the socioeconomic sphere, people who experiencing the grievance often have lower income, partly due to racism itself, and also because of the limitations that illness impose. We showed that the quality of service and infrastructure of health services is directly related to color and social class of users. With this study, we more deeply understand this social phenomenon in health, allowing the development of measures to resolve this situation of violation of human rights. Thus, it is suggested to further studies focusing on the social implications of sickle cell disease, aiming to improve the quality of health services to this population.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Classe Social , Saúde das Minorias Étnicas , Racismo , Serviços de Saúde , Anemia Falciforme , Pesquisa Qualitativa
16.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(supl.1): e00104416, 2017.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-839724

RESUMO

Abstract: In 2003, a Committee of the Institute of Medicine of the National Academy of Sciences summarized hundreds of studies documenting that US racial minorities, especially African Americans, receive poorer quality health care for a wide variety of conditions than their White counterparts. These racial differences in health care persist after controlling for sociodemographic factors and patients’ ability to pay for care. The Committee concluded that physicians’ unconscious negative stereotypes of African Americans, and perhaps other people of color, likely contribute to these health care disparities. This paper selectively reviews studies published after 2003 on the likely contribution of physicians’ unconscious bias to US health care disparities. All studies used the Implicit Association Test which quantifies the relative speed with which individuals associate positive attributes like “intelligent” with Whites compared to Blacks or Latino/as. In addition to assessing physicians’ unconscious attitudes toward patients, some studies focused on the behavioral and affective dimensions of doctor-patient communication, such as physicians’ “verbal dominance” and whether patients felt respected. Studies reviewed found a “pro-white” unconscious bias in physicians’ attitudes toward and interactions with patients, though some evidence suggests that Black and female physicians may be less prone to such bias. Limited social contact between White physicians and racial/ethnic minorities outside of medical settings, plus severe time pressures physicians often face during encounters with patients who have complex health problems could heighten their susceptibility to unconscious bias.


Resumo: Em 2003, um comitê do Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos resumiu centenas de estudos documentando o fato de minorias raciais americanas, e principalmente os afro-americanos, receberem cuidados de saúde piores para uma ampla gama de doenças, em comparação com seus concidadãos brancos. Tais diferenças raciais persistem mesmo depois de ajuste para fatores sociodemográficos e para a capacidade dos pacientes de pagar pela assistência. O comitê concluiu que os estereótipos negativos inconscientes dos médicos contra afro-americanos, e talvez contra outras pessoas de cor, provavelmente contribuem para essas disparidades. O artigo faz uma revisão seletiva de estudos publicados desde 2003 sobre a provável contribuição do preconceito inconsciente dos médicos americanos para as desigualdades nos cuidados de saúde. Todos os estudos usaram o Teste de Associação Implícita, que quantifica a velocidade relativa com que os indivíduos associam atributos positivos como “inteligentes” aos brancos, comparados com os negros ou latinos. Além de avaliar atitudes inconscientes dos médicos em relação aos pacientes, alguns estudos analisaram as dimensões comportamentais e afetivas da comunicação médico-paciente, como a “dominância verbal” dos médicos e o fato dos pacientes se sentirem, ou não, respeitados. Os estudos revisados detectaram um viés inconsciente “pró-branco” nas atitudes e na interação dos médicos com os pacientes, embora algumas evidências sugiram que os médicos negros e as médicas podem ser menos propensos a esse tipo de viés. O contato social limitado entre médicos brancos e minorias étnico-raciais fora do contexto clínico e a premência do tempo com que os médicos lidam muitas vezes durante encontros com pacientes com problemas de saúde complexos podem agravar a susceptibilidade dos médicos ao preconceito inconsciente.


Resumen: En 2003, un comité del Instituto de Medicina de la Academia Nacional de Ciencia de los Estados Unidos resumió cientos de estudios que documentan el hecho de que las minorías raciales estadounidenses, especialmente los afroamericanos, reciben atención de salud peor para una amplia gama de enfermedades, en comparación con sus conciudadanos blancos. Las diferencias raciales en persisten incluso después del ajuste por factores sociodemográficos y la capacidad de los pacientes para pagar la atención. El comité concluyó que los estereotipos negativos inconscientes de los médicos contra los afroamericanos, y tal vez contra otras personas de color, probablemente contribuyen a estas disparidades. El artículo es una revisión selectiva de los estudios publicados desde 2003 sobre la posible contribución de la predisposición inconsciente de los médicos estadounidenses a las desigualdades en la atención sanitaria. Todos los estudios utilizaron el Test de Asociación Implícita, que cuantifica la velocidad relativa con la que los individuos asocian atributos positivos, como “inteligente”, a los blancos en comparación con los negros o latinos. Además de evaluar las actitudes inconscientes de los médicos hacia los pacientes, algunos estudios se centraron en las dimensiones conductuales y afectivas de la comunicación médico-paciente, como la “dominación verbal” de los médicos y si los pacientes se sentían respetados. Los estudios revisados encontraron un sesgo inconsciente “pro-blanco” en las actitudes e interacciones de los médicos con los pacientes, aunque algunas evidencias sugieren que los médicos negros y las mujeres pueden ser menos propensos a este sesgo. Un contacto social limitado entre los médicos blancos y las minorías raciales/étnicas fuera de los ambientes médicos, más las presiones de tiempo severas a las que suelen enfrentarse los médicos durante encuentros con pacientes que tienen complejos problemas de salud, podrían aumentar su susceptibilidad al sesgo inconsciente.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Relações Médico-Paciente , Equidade em Saúde , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Racismo , Estados Unidos , Negro ou Afro-Americano , Atitude do Pessoal de Saúde , Etnicidade , Hispânico ou Latino , Grupos Raciais , População Branca
17.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(4): e00005716, 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839700

RESUMO

Resumo: Este artigo objetivou identificar a prevalência de insegurança alimentar em uma área rural do Nordeste do Brasil e investigar este desfecho de acordo com a residência em comunidades quilombolas e não quilombolas. Foi um estudo transversal com 21 comunidades rurais, sendo nove quilombolas, em 2014, utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Foram estimadas prevalências e razões de prevalência para insegurança alimentar, e a análise múltipla foi conduzida por regressão de Poisson com variância robusta. A situação de insegurança alimentar foi encontrada em 52,1% das famílias estudadas, sendo 64,9% entre quilombolas e 42% entre as demais. Insegurança alimentar foi associada a ser quilombola (RP = 1,25); ter nível econômico mais baixo (RP = 1,89; 2,98 e 3,22 para os níveis C2, D e E, respectivamente); ser beneficiário do Programa Bolsa Família (RP = 1,52); e ter quatro residentes ou mais no domicílio (RP = 1,20). A prevalência de insegurança alimentar foi elevada em toda a população, no entanto as comunidades quilombolas, apesar de pertencerem à mesma área de abrangência das outras comunidades, apresentaram uma prevalência ainda maior de insegurança alimentar, reforçando a vulnerabilidade dessa população.


Abstract: This study aimed to measure the prevalence of food insecurity in a rural area of Northeast Brazil and investigate this outcome according to residence in quilombola communities (descendants of African slaves) versus non-quilombola communities. This was a cross-sectional study in 21 rural communities, 9 of which quilombolas, in 2014, using the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA). Prevalence rates and prevalence ratios were estimated for food insecurity, and Poisson multiple regression analysis with robust variance was performed. Food insecurity was found in 52.1% of the families: 64.9% in quilombola communities and 42% in the others. Food insecurity was associated with belonging to a quilombola community (PR = 1.25), lower economic status (PR = 1.89; 2.98, and 3.22 for status C2, D, and E, respectively), beneficiaries of Bolsa Família program (PR = 1.52), and four or more household members (PR = 1.20). Food insecurity prevalence was high in the entire population, but it was even higher in quilombola communities, even though they belonged to the same coverage area. The results emphasize this population’s vulnerability.


Resumen: Este artículo tuvo como objetivo identificar la prevalencia de la inseguridad alimentaria en un área rural del Nordeste de Brasil e investigar este resultado, de acuerdo con la residencia en comunidades quilombolas y no quilombolas. Fue un estudio transversal con 21 comunidades rurales, siendo 9 quilombolas, en 2014, utilizando Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA). Se estimaron prevalencias y razones de prevalencia para inseguridad alimentaria, y el análisis múltiple fue dirigido por regresión de Poisson con variancia robusta. La situación de inseguridad alimentaria se encontró en un 52,1% de las familias estudiadas, siendo un 64,9% entre quilombolas y un 42% entre las demás. Inseguridad alimentaria se asoció a ser quilombola (RP = 1,25); tener un nivel económico más bajo (RP = 1,89; 2,98 y 3,22 para los niveles C2, D y E, respectivamente); ser beneficiario del programa Beca Familia (RP = 1,52); y la existencia de 4 residentes o más en el domicilio (RP = 1,20). La prevalencia de inseguridad alimentaria se elevó en toda la población, no obstante, las comunidades quilombolas, a pesar de pertenecer a la misma área de alcance de las otras comunidades, presentaron una prevalencia incluso mayor de inseguridad alimentaria, reforzando la vulnerabilidad de esa población.


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Adolescente , População Negra , Abastecimento de Alimentos/estatística & dados numéricos , População Rural , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Características da Família , Estado Nutricional/etnologia , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Inquéritos Epidemiológicos
18.
Rev. saúde pública ; 51: 35, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845880

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the quality of records for live births and infant deaths and to estimate the infant mortality rate for skin color or race, in order to explore possible racial inequalities in health. METHODS Descriptive study that analyzed the quality of records of the Live Births Information System and Mortality Information System in Rondônia, Brazilian Amazonian, between 2006-2009. The infant mortality rates were estimated for skin color or race with the direct method and corrected by: (1) proportional distribution of deaths with missing data related to skin color or race; and (2) application of correction factors. We also calculated proportional mortality by causes and age groups. RESULTS The capture of live births and deaths improved in relation to 2006-2007, which required lower correction factors to estimate infant mortality rate. The risk of death of indigenous infant (31.3/1,000 live births) was higher than that noted for the other skin color or race groups, exceeding by 60% the infant mortality rate in Rondônia (19.9/1,000 live births). Black children had the highest neonatal infant mortality rate, while the indigenous had the highest post-neonatal infant mortality rate. Among the indigenous deaths, 15.2% were due to ill-defined causes, while the other groups did not exceed 5.4%. The proportional infant mortality due to infectious and parasitic diseases was higher among indigenous children (12.1%), while among black children it occurred due to external causes (8.7%). CONCLUSIONS Expressive inequalities in infant mortality were noted between skin color or race categories, more unfavorable for indigenous infants. Correction factors proposed in the literature lack to consider differences in underreporting of deaths for skin color or race. The specific correction among the color or race categories would likely result in exacerbation of the observed inequalities.


RESUMO OBJETIVO Analisar a qualidade dos registros de nascidos vivos e de óbitos infantis e estimar a taxa de mortalidade infantil segundo cor ou raça, a fim de explorar iniquidades étnico-raciais em saúde. MÉTODOS Estudo descritivo que analisou a qualidade dos registros do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade em Rondônia, Amazônia brasileira, entre 2006-2009. As taxas de mortalidade infantil foram estimadas nas categorias de cor ou raça, pelo método direto, e corrigidas por: (1) distribuição proporcional dos óbitos com cor ou raça ignorada; e (2) aplicação de fatores de correção. Efetuou-se também o cálculo da mortalidade proporcional por causas e grupos etários. RESULTADOS Entre 2008-2009, a captação de nascimentos e óbitos melhorou em relação aos anos de 2006-2007, requerendo fatores de correção menores para estimar a taxa de mortalidade infantil. O risco de morte de crianças indígenas (31,3/1.000 nascidos vivos) foi maior que o registrado nos demais grupos de cor ou raça, excedendo em 60% a mortalidade infantil média no estado (19,9/1.000 nascidos vivos). As crianças pretas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil neonatal, enquanto as indígenas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil pós-neonatal. Observou-se que 15,2% dos óbitos indígenas foram por causas mal definidas, enquanto nos demais grupos não ultrapassaram 5,4%. A mortalidade infantil proporcional por doenças infecciosas e parasitárias foi maior entre indígenas, ao passo que entre crianças pretas, sobressaíram as causas externas (8,7%). CONCLUSÕES Observaram-se expressivas iniquidades na mortalidade infantil entre as categorias de cor ou raça, com situação mais desfavorável às crianças indígenas. Os fatores de correção propostos na literatura não consideram diferenças na subenumeração de óbitos entre as categorias de cor ou raça. A correção específica entre as categorias de cor ou raça provavelmente resultaria em exacerbação das iniquidades observadas.


Assuntos
Humanos , Lactente , Causas de Morte , Grupos Raciais/estatística & dados numéricos , Sistemas de Informação em Saúde/normas , Mortalidade Infantil/etnologia , Brasil/etnologia , Confiabilidade dos Dados , Atestado de Óbito
19.
Saúde Soc ; 25(3): 673-688, jul.-set. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-830874

RESUMO

Resumo Este artigo apresenta uma revisão crítica de teorias, técnicas e práticas que visam a potencialização da saúde de mulheres negras com foco em concepções sobre resiliência. Além da literatura acadêmica, em especial da psicologia, o texto mobiliza diferentes fontes sobre relações raciais, inclusive a produção do movimento social. Mulheres negras estão expostas à privação de direitos humanos, à ineficiência dos programas de governo na garantia do direito à educação e à saúde integral, entre outros. Estão também expostas à incidência frequente do racismo e do sexismo, que se traduzem em prejuízos à sua saúde. A concepção processual de resiliência adotada neste artigo, que resulta tanto da reflexão crítica sobre a literatura como de resultados de pesquisa apresentados, fortalece a adoção de uma perspectiva psicossocial, resultante da análise das vulnerabilidades integrada ao quadro dos direitos humanos. Conclui-se pela produtividade de iniciativas que incluam a sabedoria prática das mulheres negras e a valorização de experiências coletivas e transgeracionais que as apoiam para superar os contextos de alta vulnerabilidade a que estão expostas, estimulando a potencialização de processos de resiliência. Nessa perspectiva será necessário considerar não apenas o acolhimento das mulheres negras, mas também suas experiências e instâncias de pertencimento, suas trajetórias, suas redes, comunidades e territórios.


Abstract This article presents a critical overview of theories and practices that aim to enhance black women's health focusing on the concept of resilience. Beyond the academic literature, mostly from Pyschology, this text mobilizes different sources about racial relations, including the social movement production. Black women are exposed to human rights deprivation, to the inefficency of governmental programs that should guarantee the right to education and to comprehensive health care, among others. They are also frequently exposed to racism and sexism that affect their health. The concept of "resilience as a process" adopted in this article, a result of both the critical reflection on the literature and of research data, supports the adoption of a psychosocial approach resulting from vulnerabilities analysis integrated to a human rights based framework. The conclusion calls for initiatives that include the practical knowledge of black women and for valuing their collective and transgenerational experiences that has supported the overcome of their exposure to extreme vulnerable contexts, experiences that enhanced their processes of resilience. In this perspective, there is a need to consider not only black women's assistance and individual care but also their different experiences of belongingness, their trajectories, their networks, communities and territories.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Relações Raciais , Ajustamento Social , Saúde da Mulher , Direito Sanitário , População Negra , Política de Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Vulnerabilidade em Saúde , Sexismo , Integralidade em Saúde , Serviços de Saúde , Direitos Humanos
20.
Einstein (Säo Paulo) ; 14(3): 330-337, July-Sept. 2016. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-796982

RESUMO

ABSTRACT Objective: To assess aspects related to cancer in indigenous population. Methods: This is a retrospective study developed in a public university hospital. We included patients with 18 or more years of age, diagnosed with solid tumors, and followed between 2005 and 2015. Clinical features were assessed by descriptive statistics, and survival was evaluated by Kaplan-Meier curves and multivariate Cox regression. Results: Fifty patients were included. The cancer incidence was 15.73 per 100,000. The mean age at diagnosis was 54 years and most patients were female (58%). Cancer of the cervix (28%) and prostate (16%) were the most common. The mean time between the onset of symptoms and the diagnosis was 9 months and from diagnosis to the treatment was 3.4 months. Disease diagnosed at stage IV (17%) had worse overall survival (HR: 11.4; p<0.05). The 5-year survival rate ranged from 88% for prostate cancer to 0% for lung cancer. All 5-year survival rates were lower as compared to other populations. Conclusion: The most prevalent cancer sites were cervix and prostate. Disease stage and primary site were prognostic factors.


RESUMO Objetivo: Avaliar os aspectos relacionados a câncer em populações indígenas. Métodos: Estudo retrospectivo conduzido em um hospital universitário público. Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais, diagnosticados com tumores sólidos e acompanhados entre 2005 e 2015. Os aspectos clínicos foram avaliados por meio de estatística descritiva, e a sobrevida foi avaliada por meio de curvas de Kaplan-Meier e regressão multivariada de Cox. Resultados: Foram incluídos 50 pacientes. A incidência de câncer foi 15,73 por 100 mil. A média de idade ao diagnóstico foi 54 anos, e a maioria era do sexo feminino (58%). O câncer de colo uterino (28%) e o de próstata (16%) foram os mais frequentes. O tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi 9 meses, e entre o diagnóstico e o tratamento, de 3,4 meses. Doença diagnosticada no estágio IV (17%) resultou em pior sobrevida global (HR: 11,4; p<0,05). A sobrevida em 5 anos variou de 88% para o câncer de próstata a 0% para pulmão. Todas as taxas de sobrevida em 5 anos foram menores em comparação a outras populações. Conclusão: Os locais mais frequentes de neoplasia foram colo de útero e próstata. O estágio da doença e o sítio primário foram fatores prognósticos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Neoplasias/epidemiologia , Neoplasias da Próstata/etiologia , Neoplasias da Próstata/patologia , Neoplasias da Próstata/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Neoplasias do Colo do Útero/etnologia , Neoplasias do Colo do Útero/patologia , Neoplasias do Colo do Útero/epidemiologia , Incidência , Taxa de Sobrevida , Estudos Retrospectivos , Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde do Indígena/estatística & dados numéricos , Estadiamento de Neoplasias , Neoplasias/etnologia , Neoplasias/terapia
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA